De janeiro a dezembro do ano passado foram fabricados 141.252 veículos, aumento de 40,5% sobre 2023, e os destaques foram o segmento de pesados, que cresceu 44%, e de semipesados, que avançou 46%
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 17h24
(Divulgação: Mercedes-Benz)
O segmento de caminhões registrou em dezembro do ano passado a produção de 10.679 veículos, 18,9% inferior às 13.170 unidades fabricadas em novembro, e 29,3% superior aos 8.262 veículos feitos em dezembro de 2023. No acumulado do ano passado a produção atingiu 141.252 veículos, com aumento de 40,5% sobre 2023, quando chegou a 100.535 unidades, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“Tivemos uma forte retomada na produção em 2024, consolidando a recuperação do setor de caminhões”, comentou Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea. “Os destaques foram o segmento de pesados, que cresceu 44%, e de semipesados, que avançou 46%.”
Do total de caminhões produzidos no ano passado, 80.576 unidades são de modelos pesados, 38.032 de semipesados, 18.185 de leves, 3.754 de médios e 705 de semileves.
As vendas de caminhões atingiram 11.448 unidades em dezembro do ano passado, 12,6% superior aos 10.169 veículos fabricados em novembro e 10,7% acima dos 10.345 veículos feitos em dezembro de 2023.
A média diária de emplacamento de dezembro foi de 572 unidade, a melhor média desde agosto de 2021, segundo a Anfavea. “Já começamos a ver uma evolução para além da situação da introdução da tecnologia Euro 6, mostrando de fato que o setor está entrando na fase de consolidação”, disse Freitas.
No acumulado de janeiro a dezembro do ano passado foram licenciados 124.933 caminhões no país, aumento de 15,7% sobre 2023, quando atingiu 108.024 unidades. Foram 62.876 modelos pesados, 34.810 semipesados, 10.237 leves, 9.712 médios e 7.298 semileves.
O vice-presidente da Anfavea atribuiu o crescimento nas vendas de caminhões no ano passado ao forte desempenho do PIB e destacou o segmento de infraestrutura, com a construção civil puxando muito a demanda por veículos pesados. “Também começamos a ver uma renovação de frota por parte dos grandes transportadores no Brasil e as locadoras, que fizeram investimentos para expandir a frota que teve demanda excepcional no período da pandemia. Começamos a observar essa tendência que começou em 2024 e deve se consolidar a partir de agora.”
Freitas destacou que não houve um crescimento grande na procura por veículos específicos para a agricultura. “A expectativa é que isso passe a ocorrer em 2025, mas de maneira objetiva o que a gente vê é o PIB puxando o segmento de caminhões.”
No ranking do setor a Volkswagen Caminhões e Ônibus manteve a liderança, com 31.328 caminhões vendidos de janeiro a dezembro de 2024, 16,0% acima do mesmo período do ano passado (27.018 unidades), e o segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que teve 25.512 veículos comercializados no país, 11,7% a mais que nos 12 meses de 2023 (22.830 unidades).
A Volvo ficou em terceiro lugar com 23.185 veículos vendidos em 2024, aumento de 18% sobre o mesmo período de 2023 (19.647 unidades), e a Scania em quarto com 19.142 veículos, 53,8% superior a janeiro e dezembro de 2023 (12.443 unidades).
A DAF, quinta colocada, vendeu 9.624 veículos, 15,3% superior aos 12 meses de 2023 (8.344 unidades) e a Iveco, que está em sexto lugar, comercializou 8.767 caminhões, 6,2% abaixo do que vendeu no mesmo período do ano passado (9.350 unidades).
As exportações de caminhões montados apresentaram desempenho positivo em 2024. Em dezembro os embarques atingiram 2.066 unidades, 5,4% acima de novembro (1.960 unidades) e 90,4% superior a dezembro de 2023 (1.085 unidades).
No acumulado de janeiro a dezembro foram exportados 17.890 caminhões, 5,6% superior a 2023, quando atingiram 16.946 unidades. Do total, 10.256 unidades são modelos pesados, com aumento de 18,8% sobre 2023, e 5.301 semipesados, 14,5% superior ao ano passado. De modelos leves foram 1.654 unidades, de médios 440 e de semileves 239 unidades.
Em CKD (veículos desmontados) foram exportados 7.937 caminhões em 2024, redução de 28,55% sobre os 11.109 veículos embarcados em 2023.
Para 2025, a estimativa da Anfavea é que o mercado de veículos pesados (incluindo caminhões e ônibus) tenha 149.200 veículos emplacados, com crescimento de 1,3% sobre os 147.300 veículos vendidos em 2024.
A produção deve ficar estável com 169.400 unidades, 0,2% superior aos 169.000 veículos fabricados em 2024. As exportações deverão crescer 2,2%, de 22.700 unidades em 2024 para 23.200 unidades em 2025.
“A estabilidade na produção de veículos pesados neste ano é um sinal de alerta e está atrelado aos desafios em relação ao câmbio e a taxa de juros”, esclareceu Freitas.
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